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Foto do escritorLineu Passeri Jr.

3 livros imperdíveis

Atualizado: 14 de mai. de 2020

Olá, pessoal!

Feliz e próspero 2020 para vocês!


Antes de começar a escrever o post de hoje, eu quero me desculpar com cada um de vocês pelo longo período de tempo que eu fiquei sem dar notícias aqui no blog.

O ano de 2019 foi muito intenso para mim, com muito trabalho, muitos compromissos e as comemorações mensais do 20º aniversário da PASSERI Acústica. Além de tudo isso, fui escolhido para coordenar o GT de Condicionamento Acústico da Pro-Acústica, que está preparando um texto-base de revisão da NBR-12.179 para ser apresentado à ABNT. E também fui eleito membro efetivo do Conselho de Administração da Pro-Acústica (biênio 2020/2021).


Mas eu prometo que, em 2020, serei mais disciplinado postando, pelo menos, uma ou duas vezes por mês. Nesta primeira postagem do ano aqui no blog, eu quero contar para vocês sobre 3 livros muito bacanas que eu li durante o segundo semestre de 2019 e que, certamente, muitos de vocês irão gostar.

Os livros são os seguintes:

1. Paz, amor e Sgt. Pepper: os bastidores do disco mais importante dos Beatles (em português)

Autor: George Martin

Com: William Pearson

Tradução: Marcelo Fróes

(2017) Sonora Editora, 214 páginas

ISBN 978.85.5762.002.5

2. Here, there and everywhere: minha vida gravando os beatles (em português)

Autores: Geoff Emerick e Howard Massey

Tradução: Renato Rezende

(2013) Novo Século Editora, 480 páginas

ISBN 978.85.428.0155.2


3. Abbey Road: the recording studios that became a legend (em inglês)

Autores: Brian Southall, Peter Vince e Allan Rouse

Apresentação: Paul McCartney

Prefácio: George Martin

(1997) Omnibus Press, 208 páginas

ISBN 0.7119.6166.2


Mas, antes de falar sobre os livros em si, vou contar rapidamente – para aqueles que não sabem – como eu acabei me envolvendo com acústica e como despertei meu interesse por estúdios de gravação. Durante minha graduação em Arquitetura e Urbanismo na FAUUSP (1979 a 1983) eu também estudei música e me formei contrabaixista e arranjador na Fundação das Artes de São Caetano do Sul (1980 a 1983).


Nesse período e, também, nos 8 ou 9 primeiros anos logo depois de formado em ambas as escolas, eu me dividia entre a arquitetura e a música. Durante o dia, eu cuidava do escritório e dos projetos que apareciam. Durante uma ou duas tardes na semana e quase todas as noites, eu dava aulas de contrabaixo, ensaiava e me apresentava com alguns grupos. Vez por outra, eu participava de gravações em estúdio, o que despertou minha curiosidade para a solução acústica desses ambientes até que, em 1999, iniciei minha pesquisa de Mestrado na FAUUSP tratando desse assunto, intitulada “Estúdios e salas de gravação profissionais: as necessidades acústicas como indutoras do desenho”. Daí em diante, acabei me envolvendo cada vez mais com acústica de salas e o meu interesse por qualquer assunto relacionado com estúdios, com as técnicas e os processos de gravação e mixagem só aumentou.

Desde então, já li mais de 35 livros sobre estúdios de gravação e sobre produção musical em estúdio. Mas, estes três aqui são especiais, pois não tratam especificamente de acústica, mas contam em detalhes o início, as primeiras experiências, as limitações técnicas e o desenvolvimento do processo de gravação multipista e da transição da mixagem em 1 canal (mono) para 2 canais (estéreo). Tudo isso, a partir de descrições minuciosas do dia-a-dia durante as gravações dos álbuns dos Beatles – que aconteceram, predominantemente, nos estúdios EMI, em Londres e que se tornaram mundialmente conhecidos como Abbey Road Studios, por terem dado nome ao último álbum do grupo – feitas por quem esteve lá o tempo todo e participou diretamente dessas sessões de gravação.

O primeiro deles, Paz, amor e Sgt. Pepper: os bastidores do disco mais importante dos Beatles (em português) foi escrito simplesmente por – ninguém mais, ninguém menos que – sir George Martin, produtor da banda desde a gravação do álbum Please Please Me, considerado o quinto beatle por sua participação ativa nos arranjos e na produção musical dos discos do quarteto de Liverpool. A leitura fica ainda mais gostosa se for feita ao som das canções do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.


O segundo livro, Here, there and everywhere: minha vida gravando os beatles (em português) é de autoria de Geoff Emerick e Howard Massey. Geoff foi engenheiro de gravação e mixagem da maioria dos álbuns dos Beatles – e de muitos outros artistas e bandas famosos, como Elvis Costello, por exemplo – e, juntamente com George Martin, participou ativamente das históricas sessões de gravação da banda em Abbey Road. Simplesmente imperdível!


O terceiro e último livro da lista, Abbey Road: the recording studios that became a legend (em inglês), escrito por Brian Southall, Peter Vince e Allan Rouse, conta como o antigo casarão que abriga os estúdios da gravadora EMI, localizado em uma pacata rua no bairro de St. John’s Wood, na parte norte de Londres, ficou mundialmente conhecido e passou a ser local de visita obrigatória – quase uma peregrinação – por parte de fãs dos Beatles vindos de todos os continentes.

Mas, olha só: não importa que você não seja propriamente um fã do quarteto de Liverpool. Se você trabalha ou, simplesmente, se interessa, por técnicas e processos de gravação, eu recomendo que você leia os três! Neles, cada história e cada detalhe nos remete aos longínquos anos 1960, a época de ouro das gravações analógicas e dos discos de vinil.


Nos próximos posts, aqui no blog, eu vou contar um pouquinho mais sobre cada um desses livros deliciosos. Tenho certeza de que, se até lá, você ainda não tiver lido nenhum deles, você mudará de idéia! Boa leitura!



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